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MESA-REDONDA: “VICENTE NEPOMUCENO – 100 anos de arte e história”
Por Marcos Rassi
No último dia 17 (sábado) foi realizada no auditório do Memorial do Milho, no Parque de Exposições Sebastião Alves do Nascimento, uma mesa redonda composta pela artista plástica Marialda Coury, pelos professores Luís André Nepomuceno e Valério Nepomuceno e mediada pelo também professor Marcos Rassi.
A referida mesa-redonda, intitulada Vicente Nepomuceno – 100 anos de arte e história, fez parte da programação da 12ª Semana Nacional de Museus e também está inserida na programação da Festa Nacional do Milho, visto que no dia 12 de maio, houve a abertura da exposição “Vicente Nepomuceno: Arte e Fenamilho criam conexões”. A organização da mesa-redonda, bem como da exposição foi da Fundação Casa da Cultura do Milho de Patos de Minas, numa parceria com os cursos de História e Pedagogia do Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM).
Na sequência das falas dos expositores, primeiro, a artista plástica e diretora da Fundação Casa da Cultura do Milho de Patos de Minas, Marialda Coury, destacou o trabalho que vem sendo feito por ela, com o auxílio do museólogo, João Otávio, do resgate da importância do trabalho de Vicente Nepomuceno, para a história da Fenamilho e da cidade de Patos de Minas. Esta pesquisa feita pela artista e resultará em um catálogo das obras feitas pelo artista que deverá ser lançado posteriormente.
O Professor de Literatura do UNIPAM, Luís André, filho do artista, fez uma análise da obra de seu pai, na perspectiva da teoria literária, destacando conceitos como o de alegoria e representações dos carros alegóricos, como elementos constitutivos da história da cidade de Patos de Minas ao longo da Festa Nacional do Milho.
Já o professor do curso de Ciências Contábeis do UNIPAM, Valério Nepomuceno, também filho do artista apresentou uma fala mais descontraída, narrando cenas da convivência cotidiana com seu pai, no percurso da confecção dos carros alegóricos, nos ensaios de peças teatrais, na confecção de figurinos ou cenários. Destacou com humor e cumplicidade a longa convivência que teve com Vicente. Valério lembrou que os trabalhos de seu pai transcenderam o universo de Patos de Minas e se projetaram em várias cidades.
Para Marcos Rassi, o artista Vicente Nepomuceno quebra completamente a máxima de que gênio é, necessariamente, sistemático, ou temperamental, “trata-se um artista plástico, um ator, um diretor de teatro, um cenógrafo, um pintor, um escultor, um roteirista de personalidade simples, comedido, descontraído, sensível, gracioso, espirituoso e implacavelmente genial! Vida longa a esse gênio”!